ABCZ deve ampliar área de atuação, diz Carlos Viacava




A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) tem como uma de suas principais atribuições receber a delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a realização do controle genealógico das raças zebuínas. Entretanto, para o pecuarista Carlos Viacava, candidato a vice-presidente da ABCZ na chapa de Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, a entidade deve ir muito além disso.



“O gado Puro de Origem (PO) ou Livro Aberto (LA), que inclui animais de genealogia desconhecida ou parcialmente desconhecida, é aquele controlado pela ABCZ, mas a maioria do gado zebuíno existente no Brasil não está nessa condição”, salienta.



Viacava cita como exemplo o gado de origem indiana que, segundo ele, é desconhecido atualmente pela ABCZ, tanto que é chamado de “cara limpa”, por não ter a marca da entidade queimada na face. Parte desse gado também pode ser PO, com genealogia desconhecida, e outra parte é originada de diversos cruzamentos, como acontece com a maioria do gado PO, que vem de cruzamentos absorventes de raças zebuínas com o gado existente no Brasil, antes das importações do gado indiano.



“Por isso, acredito que todos os criadores desses animais devem ser também objeto das atenções da ABCZ, sendo que muitos desses criadores são também associados e criam ao mesmo tempo gado PO e cara limpa”, explica o pecuarista.



Para ele, é função da entidade dar atenção a todos esses rebanhos e oferecer assistência técnica, incluindo melhoramento genético, e com isso ampliar sua área de atuação, conquistando assim mais representatividade e peso específico no cenário político institucional brasileiro. “Nossa proposta é aproximar a ABCZ desse enorme contingente de criadores, buscando melhorar a qualidade do gado e da carne brasileira”, conclui.