Mudança na diretoria da ANCP e o legado do Professor Raysildo
A diretoria da ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores), reunida do último dia 25 de abril, sob a presidência do professor Raysildo B. Lôbo, decidiu por convocar uma Assembleia Extraordinária, no formato virtual, no dia 29 de maio, para discutir mudanças estatutárias.
O cerne das alterações consiste em profissionalizar a diretoria e favorecer eleições para a alternância do comando da Associação. A ideia é a substituição do atual sistema de diretoria eleita pela Assembleia Geral por um Conselho Deliberativo, eleito por assembleia, que por sua vez contrataria uma diretoria executiva remunerada, para condução dos trabalhos de melhoramento genético.
A ANCP, pioneira no melhoramento genético no Brasil, surgiu da iniciativa de criadores em buscar no departamento de Genética da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP) o apoio da universidade para o aprimoramento dos rebanhos brasileiros.
Foi assim que nasceu o PMGRN (Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore), na época conhecido como Programa da USP, que com o tempo mudou para a ANCP e hoje inclui outras raças como o Guzerá, Brahman e Tabapuã.
Também atravessou fronteiras para outros países da América do Sul, tendo se tornado o Programa de Melhoramento Genético oficial da ASOCEBU (Associação Boliviana dos Criadores de Zebu), da Bolívia.
Todo esse trabalho partiu de um jovem estudante cearense que se mudou para Ribeirão Preto e lá dedicou sua vida ao Melhoramento Genético. Um homem a quem a pecuária brasileira só tem que agradecer e homenagear: Professor Raysildo Lôbo, cuja vida se confunde com a ANCP.
Agora, o tempo recomenda uma reestruturação da ANCP para que essa semente lançada pelo ilustre Professor, menino que veio do Ceará com uma muda de roupa e muita massa cinzenta na cabeça, possa crescer por conta própria, vinda de um berço promissor e criar sua própria personalidade, como fazem nossos filhos.